terça-feira, 29 de novembro de 2011

Apocalipse: Papa defende a criação de um governo único mundial

O Papa Bento XVI sugere em sua encíclica (Carta circular papal ) a criação de um Governo único mundial para solucionar os problemas causados pela crise financeira... O que chama atenção é que a Rede Globo anunciou o fato em 07 de Julho de 2009, e só agora os evangélicos manifestaram-se a respeito. Como um acontecimento desses passa despercebido?

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O Pontifício Conselho Justiça e Paz do Vaticano publicou uma nota abordando o tema da crise financeira mundial, intitulada “Para uma reforma do sistema financeiro e monetário internacional na perspectiva de uma autoridade pública de competência universal”.

Nessa nota, sob argumentos humanitários, o Vaticano propõe que todos os países do mundo avancem nos estudos de estabelecer uma autoridade mundial, para assuntos financeiros e bélicos. Segundo a nota, “ninguém, conscientemente, pode aceitar o desenvolvimento de alguns países em desvantagem de outros”. Para o Vaticano, “o caminho rumo à construção de uma família humana mais fraterna e justa e, antes ainda, de um renovado humanismo aberto à transcendência, parece ainda muito atual”.

Ressaltando a Carta encílica “Pacem in Terris”, (termo em latim que pode ser traduzido como Paz na Terra), escrita em 1963 por João XXVIII e que previa uma unificação cada vez maior do mundo, a nota afirma que desde aquela época, se reconhecia o fato de que, na comunidade humana, faltava uma correspondência entre a organização política, ‘no plano mundial, e as exigências objetivas do bem comum universal’. Por conseguinte, desejava que um dia se pudesse criar ‘uma Autoridade pública mundial”, afirma a nota.

O processo de globalização do mundo e dependência mútua cada vez maior dos países é classificada pela Igreja Católica como um fato previsto pelo Papa João XVIII em sua carta, e apoiada pelo Papa atual, Bento XVI. “Face à unificação do mundo, favorecida pelo complexo fenômeno da globalização; perante a importância de garantir, para além dos demais bens coletivos, o bem representado por um sistema econômico-financeiro mundial livre, estável e ao serviço da econômica real, hoje o ensinamento da Pacem in terris parece ainda mais vital e digno de urgente concretização. O próprio Bento XVI, no sulco traçado pela Pacem in Terris, manifestou a necessidade de constituir uma Autoridade política mundial”.

O comunicado explica os motivos, classificados pela igreja católica como humanitários, de se apoiar um governo único, proposta que é entendida por teólogos como parte do surgimento do Anticristo, previsto nas profecias do Apocalipse. O Vaticano propõe uma reflexão na luta pelo desarmamento dos países: “Pensemos, por exemplo, na paz e na segurança; no desarmamento e no controle dos armamentos; na promoção e na tutela dos direitos fundamentais do homem; no governo da economia e nas políticas de desenvolvimento; na gestão dos fluxos migratórios e na segurança alimentar; e na salvaguarda do meio ambiente. Em todos estes âmbitos, é cada vez mais evidente a crescente interdependência entre Estados e regiões do mundo, e a necessidade de respostas, não apenas setoriais e isoladas, mas sistemáticas e integradas, inspiradas pela solidariedade e pela subsidiariedade, e orientadas para o bem comum universal.”

O Pastor Antônio Mesquita, do blog “Fronteira Final” entende que sob o argumento de ações humanistas, o Vaticano acaba protagonizando uma profecia bíblica sobre o assunto: “Analise a semelhança com o alerta bíblico a respeito do acordo entre o Anticristo e os judeus. O texto de 1 Tessalonicenses 5:1-5 diz: ‘Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas”, opina o Pastor.

Em determinado trecho da nota, o Vaticano afirma que essa “Autoridade Mundial” deve surgir de um processo em que todos os países a reconheçam e aceitem. “A autoridade supranacional deve possuir uma delineação realista e ser realizada gradualmente, com o objetivo de favorecer também a existência de sistemas monetários e financeiros eficientes e eficazes, ou seja, mercados livres e estáveis, disciplinados por um adequado quadro jurídico, funcionais para o desenvolvimento sustentável e para o progresso social de todos, inspirados nos valores da caridade na verdade”.

Para o Pastor Mesquita, as ideias propostas pelo Vaticano se aproximam muito do que as Escrituras Sagradas dizem a respeito desse tema, com perseguição aos cristãos: “A Bíblia diz o seguinte, sobre o Governo Único: ‘E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se a ele poder sobre toda a tribo, e língua, e nação. E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Se alguém tem ouvidos, ouça’.

Fonte: Gospel +
Matéria Do Site G1 Publicado em 07 de Julho de 2009


Cidade do Vaticano, 7 jul (EFE).- O Vaticano apresentou hoje a terceira encíclica de Bento XVI, de marcado caráter social, na qual afirma que a economia precisa de ética e que o mercado "não é o lugar de atropelo do forte sobre o fraco".

Na encíclica "Caritas in veritate" (Caridade na verdade), o pontífice afirma que a crise mostra que os tradicionais princípios da ética social, como a transparência, a honestidade e a responsabilidade, "não podem ser descuidados".

O papa afirma que a economia não elimina o papel dos Estados e tem necessidade de "leis justas".

Bento XVI exige que as "finanças, após seu mau uso, que prejudicou a economia real", retornem a ser um instrumento orientado ao desenvolvimento.

O papa pede uma "urgente" reforma da ONU e da arquitetura econômica e financeira internacional.

"Urge a presença de uma verdadeira autoridade política mundial que se atenha de maneira coerente aos princípios de subsídio e de solidariedade", escreve.

Também trata o tema do meio ambiente e afirma que as sociedades tecnologicamente avançadas "podem e devem diminuir" suas próprias necessidades energéticas e devem avançar na pesquisa sobre energias alternativas.

O novo documento do papa retoma os temas sociais contidos nas encíclicas "Populorum progressio" (1967), escrita por Paulo VI, e "Sollicitudo rei socialis" (1988), sobre a mesma temática, escrita por João Paulo II.

A encíclica - carta solene dirigida pelo papa aos bispos e fiéis católicos do mundo - foi assinada pelo Pontífice em 29 de junho, festividade de São Pedro e São Paulo, é dividida em seis partes e consta de 136 páginas.

O texto começa afirmando que "a caridade na verdade, da qual Jesus se fez testemunha, é a principal força propulsora para o verdadeiro desenvolvimento de cada pessoa e da humanidade inteira".

As seis partes do texto são "A mensagem da Populorum progressio", "Desenvolvimento humano em nosso tempo", "Fraternidade, desenvolvimento econômico e sociedade civil", "Desenvolvimento dos povos, direitos, deveres e ambiente", "A colaboração da família humana" e "Desenvolvimento dos povos e da técnica".

A encíclica foi apresentada pelos cardeais Renato Raffaele Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, e Paul Josef Cordes, presidente do Conselho Pontifício "Cor Unum" - encarregado de distribuir a caridade do papa -, pelo arcebispo Giampaolo Crepaldi, secretário do Conselho Pontifício Justiça e Paz, e pelo economista Stefano Zamagni, da Universidade de Bolonha (Itália).

O papa Bento XVI já escreveu outras duas encíclicas, "Deus caritas est" (Deus é amor), de 2006, e "Spe salvi" (Salvos pela esperança), de 2007. EFE

Arrebatamento da Igreja

Inúmeros líderes de Igrejas cristãs da atualidade, de variados entendimentos bíblicos teológicos, se proclamam autênticos seguidores da moral evangélica do Cristo e, por conseguinte, idealizam que as suas Igrejas, em particular, será arrebatada fisicamente do ambiente terrestre nos transes das grandes tribulações humanas que advirão nos finais de ciclos para desfrutar diretamente, sem nenhum esforço coletivo, as bodas do Cordeiro no reino celestial. Eximindo-se assim numa atitude egoística de exemplificar perante os demais irmãos da humanidade aquilo que Jesus mais fez questão de ensinar e vivenciar na sua jornada terrestre: a paciência e resignação nas tribulações da vida humana.

São decorridos mais de XX séculos em que árvore do cristianismo abriga sob a sua sombra benéfica as almas humanas, ensinando sob figuras de linguagem os mistérios da imortalidade para além do plano físico terrestre. Essa árvore para chegar frondosa aos nossos atuais dias sofreu ao longo dos séculos os embates da má vontade humana, em forma de perseguições cruciais às suas primeiras sementes, mutilações na formação dos seus primitivos ramos, destruição e queimadas nos seus galhos iniciais.

Muitos líderes atuais dessas Igrejas modernas desconhecem, ou fingem desconhecer, os martírios e tribulações pelos quais passaram os trabalhadores da boa nova dos primeiros séculos de cristianismo, ignorando assim sem racionalizar com integridade, a labuta do crescimento da árvore cristã para chegar aos nossos dias. Utilizando uma figura de linguagem bem simples: aderem ao movimento cristão que leva a bagagem de mais XX séculos de biografias das sociedades terrestres, e sem reflexionar o pão que “o diabo” da alma humana desviada do bem amassou em rejeição à pureza dos princípios cristãos.

Aqui abrimos um parágrafo de reflexão para ajudar irmãos de embrionário entendimento que se julgam inclusos em arrebatamento direto para do reino celestial, descaracterizando a mensagem viva da cruz, do trabalho nobre, do sacrifício pessoal, da perseverança no bem, da humildade e simplicidade nas coisas espirituais, com Jesus: aquele que quiser ser o maior, então que seja o servo de todos; quem a si mesmo se exaltar, será rebaixo na vida celestial; e os últimos é que realmente serão os primeiros...

BREVE RELATO DO CRISTIANISMO:
As primeiras perseguições aos ideais do Cristo foram encabeçadas por Herodes, governador da Judéia, após receber a visita dos astrólogos que estavam na busca de localizar a cidade onde o menino Jesus havia nascido. E Herodes temendo o seu futuro político, baixou um decreto e autorizou a mortandade de todas as crianças do sexo masculino com até dois anos de idade (Mateus 2. 16).

Quando Jesus completou 30 anos começou a sofrer perseguições do Sinédrio, Templo de Jerusalém, onde se praticava a religião mosaica com base no Antigo Testamento das escrituras. O Sinédrio comandava a religião dominante nessa época, na Judéia, e sentiu-se abalado em sua estrutura íntima pela moral que Jesus propagava e vivenciava diante do povo. Os Sacerdotes liderados por Caifás resolveram então promover perseguições aos ideais de Jesus, e essas perseguições foram intensas que culminou no desfecho da condenação e crucificação de Jesus. De fato Jesus foi condenado à morte na cruz por acusação da Religião na figura dos Sacerdotes de Jerusalém; e pelo Poder Político que simplesmente lavou as mãos diante das exigências impostas pelo Sinédrio, e que influenciou a massa popular para aplaudir esse ato bárbaro.

Três cruzes se erguem no alto do monte, naquela sexta feira do ano 33 em que se consumou a ação da condenação de Jesus. Alguém que contemplasse a imagem do crucificado apenas pela visão carnal, abandonado pelos seus seguidores e amigos mais íntimos, e perseguido pelos influentes que executavam a religião dominante da época: os fariseus e saduceus; e também ignorado pelas autoridades políticas que lavaram as mãos para um ato desprezível, que era a crucificação como um malfeitor rebelde. Alguém certamente diria: ali jaz um carpinteiro visionário derrotado. Porém, àqueles que têm olhos para ver e ouvidos para entender além dos sentidos puramente materiais, saberiam que no martírio de Jesus fora descortinado uma luz imorredoura para todos os séculos da vida terrestre, e que no plano oculto do invisível essa luz iria trabalhar ativamente iluminando a escuridão mental na qual vagavam as consciências humanas por longos séculos.

Após a morte física de Jesus as perseguições continuaram sendo destinados aos Apóstolos, com a finalidade de desestruturar os seguidores do Mestre, e tudo isso instituído pelo Sinédrio, onde o jovem Saulo foi um carrasco cruel, até a sua conversão às portas da cidade de Damasco - Síria. Quando em visão espiritual (ARREBATAMENTO) vislumbra em êxtase, o espírito de Jesus ressuscitado (Atos 9. 1 a 18).

A partir dos anos 40, a boa nova tem um novo seguidor Paulo, que se imortalizou como o apóstolo dos gentios, e que juntamente com Lucas, um jovem médico de origem grega, divulgam o Evangelho em várias pátrias sob a jurisdição do Império Romano, inclusive na própria Roma. Após os anos 50, em Antioquia é que os seguidores de Jesus foram realmente chamados de: cristãos (Atos 11. 26), por sugestão de Lucas, nascendo assim o termo cristianismo. Antes eram designados como os fiéis do Caminho (vide Atos dos apóstolos 19. 9)

Quando a evangelização alcançou os bairros de Roma, o imperador Nero autorizou perseguições cruciais à comunidade cristã a partir dos anos 55, aonde chegou ao extremo de mandar atear fogo em seus arredores no ano 64, para culpar cristãos. Aqueles que aderiam ao movimento das idéias cristãs eram caçados cruelmente e quando pegos pelas autoridades romanas eram queimados vivos, outros levados aos circus que serviam de palco para distrair as pessoas, e ali eram submetidos a enfrentar leões famintos, sucumbindo esquartejados por essas feras em dolorosos espetáculos de insensibilidade e degradação humana.

Os Cristãos não tinham direitos sociais e nem podiam se reunir para confessar publicamente suas crenças, pois eram punidos impiedosamente com sofrimentos atrozes até extinção do corpo carnal. Só para reflexionar essas atrocidades: Assim como Jesus foi traído, julgado injustamente pelo Sinédrio e condenado à morte horrenda na cruz... os seguidores mais íntimos do Mestre também foram execrados na praças públicas: Estevão foi apedrejado barbaramente; Pedro foi crucificado brutalmente de cabeça para baixo; Paulo foi degolado com ferocidade; e milhares e milhares de cristãos mortos cruelmente, à luz do dia.

Três séculos de acossamentos cruéis às pessoas que simplesmente buscavam seguir um Mestre que tinha ensinado e vivenciado o amor a Deus, espírito criador de todas as coisas; o amor ao próximo como a si mesmo; a imortalidade da alma; as bem-aventuranças celestes aos que suportassem as provações da luta terrena com fé, esperança, e muito amor no coração.

Uma das perseguições mais atrozes da história foi organizada pelo Imperador Diocleciano no ano 305 que autorizou as Legiões Romanas incendiar do oriente ao ocidente todos os núcleos de pequenas congregações cristãs, mandando assassinar barbaramente milhares e milhares de famílias que professavam a fé em Jesus.

O Império Romano estava em decadência moral. As pessoas não suportavam mais tanta barbaridade. Porém o Evangelho crescia na alma popular, e agora as classes dominantes de Roma já viam com bons olhos o heroísmo dos cristãos em suportarem as cruéis perseguições com tanto amor pelas promessas da imortalidade da alma, para além das provações da existência humana.

Final do século IV. O Império Romano governado por Constantino liberou publicamente o cristianismo em todas as nações do Império. A razão de sua conversão fora uma visão do símbolo da cruz no céu, durante a Batalha da Ponte Mílvia, em que venceu o inimigo na disputa pelo trono. Transcorrido esse período de calmaria sobe ao poder público: o imperador Teodósio, que desejando concentrar em Roma a matriz do cristianismo, constitui então o Catolicismo Apostólico Romano como a religião do estado romano. Com a instituição do Catolicismo o Império Romano estabeleceu a primazia do Bispo de Roma sobre todos os demais Bispos das congregações cristãs distribuídas nas demais regiões do mundo antigo, fato este que causou divisões entre os cristãos. Pois algumas congregações se opuseram a essa subordinação, por exemplo: Antiquióquia que era uma das primitivas do ano 42. Essa tomada de decisões abriu margem para quem se dizia cristão perseguir outro cristão. Doravante, repontam as heresias de crenças; as cruzadas religiosas e explorações de terras que incitam batalhas sanguinárias; as inquisições da crença que promovem perseguições cruéis em Tribunais intitulados de Santo Ofício e que, ao invés de anunciar a vida eterna lançam a morte atroz às pessoas que divergem fundamentos e princípios de crenças...

Mais de dez séculos de lutas fratricidas pela sobrevivência das idéias religiosas, até as reformas protestantes que aconteceram a partir do século XVI.

Certamente que não se alcançará o raciocínio lógico destas lutas renovadoras da evolução social e que sensibilizam as lembranças humanas, ignorando-se o principio básico da vida e muito bem divulgado no Evangelho: a imortalidade da alma. Conscientizou Jesus: “Não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma”... (Mateus 10: 28)

No mundo passareis por tribulações, mas tende bom animo eu venci, vós também vencereis... (João 16. 33)

Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus (Atos 14. 22)

Jesus tinha onisciência que os seus ensinamentos morais iriam inflamar as intolerâncias religiosas do mundo antigo cheio de maldades, violências, pecados, transgressões, corrupções... Ele mesmo dá conhecimento destas coisas, quando esclarece: Não penseis que vim trazer paz ociosa à Terra... Não vim trazer esse tipo de paz; Mas, a ação da luta renovadora... Porque eu vim por em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra... E assim os oponentes do homem serão os seus próprios familiares (Mateus 10. 34 a 36).. A sociedade não tinha uma base de fé unificada em Deus, os governos eram pagãos, a religião que era responsável de conduzir as Almas vivia se digladiando umas com as outras em guerras de extermínio e crueldade. E dessa forma a mensagem renovadora do Evangelho do Cristo iria levar séculos para solidificar na alma humana, e que os primeiros trabalhadores de sua causa seriam trucidados vivos nos palcos e circos humanos, como de fato aconteceu: séculos de luta e derramamento de sangue para a sociedade começar a respeitar e reverenciar a moral salvadora de Jesus.

Estas divergências e lutas que ocasionaram muitas provações coletivas no plano físico terrestre elas se tornam perfeitamente compreendidas à luz e justiça da reencarnação das almas. Sem o princípio misericordioso da reencarnação da alma e seu trabalho progressivo para o reino celestial, todas essas lutas e provações seriam incompreensíveis e estaria subordinado a um acaso cego e insensato.

AGORA a certeza que Jesus fez questão de ensinar nos Evangelhos sob o véu de figuras de linguagem, é que após as provações, tribulações e martírios dos seus seguidores na luta material. Nenhum deles ficaria desamparado na vida imortal do espírito após extinção do corpo carnal, porque essas almas heróicas que perseverassem fiéis até o fim em suas provações, suas almas seriam salvas das tribulações do além túmulo, porque estariam amparadas pelos anjos celestiais e conduzidas para o reino espiritual no seio invisível de Deus, E DESTA FORMA É QUE SE REALIZA O ARREBATAMENTO ESPIRITUAL.

Se esperamos em Cristo nó nesta vida (material), somos os mais miseráveis de todos os homens...

E há corpos celestes e corpos terrestres... Se há corpo animal, há também corpo espiritual...

A carne e sangue não podem herdar o reino de Deus (I Cor 15. 19 a 50).

O reino de paz e amor iniciado por Jesus ainda não pertence a este mundo, apesar de nosso mundo, o planeta Terra, no plano extrafisico todo poder de direção espiritual ter sido delegado por Deus: a Jesus Cristo. Nas infinitas moradas da Casa Universal do Pai, Jesus está preparando a todos aqueles que seguem a sua moral com consciência, novos lugares de bem-aventuranças celestiais

Aparentemente apesar de não vermos Jesus com os olhos carnais, Ele está presente invisivelmente em nossas vidas participando interativamente, nos consolando nas lutas, nos inspirando pelo poder espírito. “ Estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos”. E o reino de Deus não vem com aparências exteriores... ali, aqui, lá, acolá... É uma conquista individual e interior, ou seja, é um estado de espírito que alcançamos quando a nossa consciência desperta em si mesmo os sentimentos divinos do Cristo.

Que despertem nas Igrejas nossos irmãos em Cristo, pois na vida eterna que se desdobra nos planos celestiais divinos não existe aposentadoria compulsória, tal qual na existência humana. Lembremo-nos do que ensinou Jesus: O Pai trabalha até hoje, assim também o Cristo, e todos os filhos da luz...

CONSCIENTIZAÇÃO CRISTÃ
Eu sou a Luz da Vida;
Eu sou a Luz do Mundo;
Eu sou o Pão que alimenta o espírito;
Eu sou a água viva que sacia a alma;
Eu sou o caminho, a verdade e a vida.

E que ninguém vai ao seio imaterial do Pai Criador para sentir a grandeza e integração multidimensional com a Vida Celeste, no Cosmos, senão através dos seus ensinamentos que tem a síntese de vivência na prática do amor e da virtude, princípios divinos (João 14. 6).

Jesus é o mesmo ontem hoje e sempre a mais elevada consciência espiritual que Deus, o Criador dos Mundos, facultou ao espírito humano a fim de que o siga como modelo orientador para vencer as provas e provações da luta material, até o Ser complementar a perfeição intelectual e moral no curso das existências que se concretizam nas infinitas moradas astrais do cosmo celeste.

PRINCÍPIOS MORAIS DO EVANGELHO DO CRISTO:
Amor a Deus - o Criador, com a força da alma, de todo coração, de todo entendimento;
Amor ao próximo como a si mesmo;
Fé em ti mesmo e no Poder Divino que te sustenta;
Não articular o mal para as pessoas nem por pensamentos, palavras, ou atitudes... Mas realizar o bem sem cessar;

Perdoar sem restrições: mágoas, ofensas morais, ações maldosas do próximo. No mesmo raciocínio como esperamos que Deus perdoe as nossas transgressões, em síntese: Pai! Perdoai os nossos pecados, assim como perdoamos as faltas que os nossos ofensores cometem contra a nossa consciência;

Orar com confiança, ou seja: buscar conexão com Plano Divino sem descanso; abençoar as adversidades; refletir bons pensamentos às pessoas com as quais não temos harmonia e nem afinidades pessoais simpáticas;

No plano divino serás analisado pelas obras do bem que realizares na vida;

Se a recompensa pelo bem que semeares não acontecer no plano terrestre, com certeza, realizar-se-á nos planos celestes da vida superior;

Acreditar plenamente na imortalidade da alma, e intensificar em si mesmo, a virtude de seus tesouros imperecíveis;

Confiar na assistência invisível dos poderes de Deus através de suas potências angélicas;

Procurar desenvolver o reino divino no coração, e esperar trabalhando com fé a felicidade de viver intensamente nas muitas moradas astrais, que integram a Casa Universal de Nosso Pai Celestial.

Eis a razão de Jesus imolar-se na cruz em prol de sua mensagem de amor e salvação moral à alma humana decaída em erros de existências passadas, para ensinar à humanidade exemplos dignificantes que em nome de Deus não se deve violentar a ninguém e nem promover desordens religiosas. Ele, Jesus filho do Altíssimo, ensinou e exemplificou com sacrifícios que culminou na sua crucificação que somente através do amor fraterno, do perdão incondicional, do trabalho social, do serviço pelo bem comum, da fé no poder divino, na tolerância às diferenças de crenças, e no respeito moral às pessoas poderemos encontrar a nossa redenção para a vida eterna no seio imaterial do Criador.

Autor: Abrahão Ribeiro

As Seis Lições Extraídas da Parábola do Filho Pródigo

"E disse: Certo homem tinha dois filhos; e o mais moço disse ao pai: Pai dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda."( Lc 15. 11 , 12- 32).

Os líderes religiosos judaicos não entendem o amor de Cristo pelos pecadores. Precisamos ler essa parábola partindo do seu contexto histórico. A intenção de Cristo não é apenas a de dizer que Deus ama os homens, mas que Deus ama os homens pecadores.

Pecado, perdição e amor. Esses são os três temas principais da parábola mais famosa da Bíblia. Em primeiro lugar, sua intenção é revelar o porquê de o ser humano ser considerado pecador. Em seguida, Cristo revela a natureza da conseqüência maior do pecado que é a perdição. Em terceiro lugar, Cristo revela a extensão do amor que Deus tem pelos pecadores perdidos.

Só entenderemos o cristianismo e a própria missão de Cristo se compreendermos essa parábola. Vejamos, portanto, a primeira verdade que ela tenciona ensinar: a natureza do pecado humano.

O filho mais novo via o pai como alguém rude, incapaz de compartilhar de todos os bens, por isso, exige sua parte da herança. A rebeldia, entretanto, estava no filho, que descumprindo a lei judaica, se torna herdeiro antes da morte do pai.

Desperdiça toda herança, fica na miséria. Pobre e infeliz resolve pedir ajuda a um fazendeiro. Pensou encontrar ali abrigo, comida e misericórdia, mas, não foi o que aconteceu. Sentiu fome, frio e solidão, dia após dia. "E ninguém lhe dava nada" (v.16)

"E tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!"(v.17)Ele percebeu que o pai era bondoso, generoso até mesmo com os trabalhadores (com quem não tinha parentesco), não seria com ele, filho? Percebeu que os bens materiais não foram capazes de fazê-lo feliz. Entendeu que ninguém o compreenderia tão bem quanto seu Pai.

Para a maior parte dos cristãos, que por diversas vezes ouviram referências a essa parábola em sermões dominicais, a estória significa pouco mais do que a infinita generosidade do Pai, que recebe de braços abertos o filho pródigo que saiu de sua Casa para entregar-se à devassidão, dissipando sua herança. É mais uma lembrança de que o erro não compensa, mas que, em última análise, se tivermos a desgraça de cair no pecado (e quem não caiu incontáveis vezes?) podemos, por meio da verdadeira contrição, ser perdoados e recebidos de novo pelo Pai.

Essa interpretação singela tem seus méritos e satisfaz a grande massa dos fiéis. Mas existe muito mais riqueza por trás dessa parábola, que é um verdadeiro exemplo de quantos ensinamentos podem estar velados na linguagem do simbolismo.

Quantas pessoas estão passando por problema semelhante? O pai da parábola representa Deus. Muitos, por não conhecê-lo, julgam-no distante, impiedoso e egoísta. Incapaz de compreender sentimentos, de amar os injustos pecadores. Optam por viver afastado, recebendo apenas "a parte que lhe cabe na herança" (a vida com suas mazelas).

Procuram ajuda nos "fazendeiros" do mundo, que só têm olhos para seus "porcos",ou seja, suas vidas sujas, imundas como um chiqueiro. "fazendeiros" que nada têm a oferecer, porque desconhecem o Pai.

Arrependido, o filho volta para casa. Imagino-o derramando lágrimas durante a viagem. Quantas lembranças do pai...

"Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e veste-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés" (versos 21 e 22)

As vestes representam um novo espírito, o anel, uma nova aliança, desta feita, eterna. As sandálias representam um novo caminho. O filho agora estava bem abrigado nos braços do Pai.

• O Filho mais velho
Recebeu do pai, conforme a lei, uma maior parte da herança (dois terços), enquanto o mais novo(um terço). Nunca deixara a casa do pai, era moderado e cumpria com seus deveres, porém, nunca investira em um relacionamento com o pai. Por isso, não o conhecia. Sua falta de amor era tamanha que sequer consegue chamar "meu irmão" e se refere ao irmão como: "este teu filho" (v.30).

Mesmo tenho muitos bens, faz questão do cabrito matado para festa do irmão: "Nunca me deste um cabrito (V.29). Era egoísta. Esse filho representa os fariseus. A casa do pai representa o templo, a igreja. Está no templo, não significa necessariamente, conhecer a Deus.

Esse filho também precisa de arrependimento, salvação, encontro íntimo e real com seu pai (Deus). Esse filho ainda não conhece o verdadeiro amor, pois, nunca buscou-o.

• A mãe do filho pródigo
Entendo que não por acaso, Jesus contou três parábolas seguidas, presentes em Lucas 15: A parábola da Ovelha Desgarrada, Dracma Perdida e Filho Pródigo. Há semelhança entre as três que se relacionam entre si. Todas falam do resgate do pecador arrependido e da necessidade de arrependimento dos fariseus.

Vejo que na Parábola da Ovelha, o Pastor é Jesus. Na Dracma Perdida, a mãe é a Igreja, a Candeia, O Espírito Santo. No Filho Pródigo- o Pai É Deus. Então: Aqui está o papel da Trindade na salvação do homem.

Jesus É o bom Pastor que deu sua vida pelas ovelhas, seu sacrifício na cruz, redime o homem de todo pecado, conduzindo-o a salvação. A Igreja é representante de Deus, necessita ter o fogo do Espírito Santo, a candeia acesa para ir em busca dos perdidos. Deus está sempre esperando os filhos retornarem para casa, Ele sempre os recebe com alegria e amor. Houve festa no céu na parábola da Ovelha, festa na casa da mulher, na parábola da dracma, festa na casa do filho pródigo.

Então: Sendo a igreja a mãe, a mesma que buscou a dracma, ela está presente na parábola do filho pródigo. Ela é a casa do filho pródigo.

Uma casa que manteve a candeia acesa por todo o tempo em que o filho esteve distante. àquele pai, deve ter orado pela volta do filho, derramado lágrimas em suas petições a Deus. É assim que agem os cristãos cheios do Espírito Santo.

O filho mais velho estava sempre em casa (Igreja) só que sua candeia estava apagada. Ele não se alegrou com a volta do irmão, não orava por isso, sequer procurava saber como estava. Ele é o retrato da Igreja inoperante, morta, sem amor pelos perdidos, ou mesmo pelos que já se encontram salvos.

• Veja agora as seis lições extraídas da parábola do filho pródigo:
1. Pare para considerar hoje a sua origem.
Pense no fato de que você poderia ter sido um aborto literal ou metafísico. Você poderia ter morrido no ventre da sua mãe, ou ter sido apenas uma possibilidade na mente de Deus.

2. Pare para considerar hoje o que você recebeu.
Você não apenas foi criado, mas tem sido mantido pelo poder de Deus. Um Deus que tem enriquecido sua vida das mais diferentes formas. Não menospreze o que lhe foi dado por amor. Doado não para a sua destruição, mas para o enriquecimento da sua vida.

3. Pare para considerar hoje o caráter do autor de tudo o que você tem e é.
Pense na origem de tudo o que foi criado. Cristo não fala de uma coisa, mas de alguém. E ao escolher um ser humano com quem pudesse comparar a Deus, Cristo escolhe a figura do Pai. Pois, é isso o que Deus é.

4. Pare para considerar hoje o que você tem feito da sua liberdade.
Como você tem administrado a liberdade recebida?

5. Pare para considerar hoje se você vive para a glória daquele que o criou.
Você tem vivido para fazer Deus sorrir? Sua maior obsessão é levá-lo a se ver em você?

6. Pare para considerar hoje o quanto você tem desperdiçado da herança que recebeu.
Compete a cada um de nós, tomarmos a decisão de gastar nossa vida naquilo que é belo, santo e glorifica a Deus. E tudo isso na presença daquele que é a causa de tudo o que temos e somos; esse ser absolutamente amável.

Que Deus fale profundamente ao seu coração. Amém.

Autor: Jânio Santos de Oliveira